sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Surreal



O escrevinhador

faz-se um pouco deus,

tornando real e palpável

o abstrato,

o indefinível,

o inexprimível,

o imponderável...


como se a palavra

— impressa ou manuscrita —

criasse vida própria

e só então

tudo passasse a existir...


sendo esse tudo

infinitos universos

que nascem a cada momento

dentro do poeta


ou flutuam no Universo

esperando serem descobertos...



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